Depois de ler um post publicado num
blog amigo sobre a posição do liberalismo em relação às greves, achei interessante partilhar estas ideias inerentes a este conceito.
Para o liberalismo:
• A sociedade é o cenário da competição, da concorrência. Se aceitamos a existência de vencedores, devemos também concluir que deve haver perdedores. A sociedade teatraliza, em todas as instâncias, a luta pela sobrevivência. Inspirados no darwinismo, que afirma a vontade do mais apto, concluem que somente os mais fortes sobrevivem, cabendo aos fracos conformarem-se com a exclusão natural, os quais, por sua vez, não devem ser atendidos pelo Estado de Bem Estar, que estimula o parasitismo e a irresponsabilidade, mas sim pela caridade, através de associações e instituições privadas, que amenizam a vida dos infortunados. Qualquer política assistencialista mais intensa leva os pobres para os braços da preguiça e da inércia. Deve abolir-se o salário mínimo e os custos sociais, porque falsificam o valor da mão-de-obra, encarecendo-a, pressionam a subida de preços e geram a inflação
• A solução para todos os problemas da sociedade está no mercado. É ele quem tudo regula, faz subir ou baixar os preços, estimula a produção, elimina o incompetente e premeia o sagaz e o empreendedor. Ele é o deus perfeito da economia moderna, tudo vê e tudo ouve, omnisciente e omnipresente. O seu poder é ilimitado e qualquer tentativa de o controlar é um crime de heresia, na medida em que é ele que fixa as suas próprias leis e como devem ser seguidas. O mercado é um deus, um deus calvinista que não tem contemplação para os fracassados. A falência é a sua condenação. Enquanto reserva um lugar no Éden para aqueles que são bem sucedidos.