sábado, dezembro 30, 2006

Solução irracional

Porque não se julgou Saddam numa instância de justiça inquestionável, como poderia ser um tribunal no Iraque, mas obedecendo aos padrões do direito internacional e integrado por juízes, advogados e procuradores estrangeiros (americanos até), ao lado dos iraquianos?
Porque não interessava fazer luz sobre muitos dos mais tenebrosos crimes cometidos pelo regime de Saddam Hussein. Porque muitas potências, com os EUA à cabeça, e muitos governantes estrangeiros (incluindo Donald Rumsfeld) haviam sido cúmplices ou encobridores desses mesmos crimes. Como o extermínio dos habitantes da aldeia curda de Halabja, em 1988.
Irracionalidade e barbárie in causa nossa

sexta-feira, dezembro 29, 2006

A figura do ano 2006

O fim de 2006 aproxima-se e é chegado o momento de eleger a figura do ano que agora termina. A escolha não foi fácil. Os acontecimentos sucederam-se a um ritmo alucinante e as personagens neles envolvidas foram inúmeras. No entanto, e como esta escolha tem um cunho pessoal, acabou por não ser muito difícil chegar a um entendimento comigo mesmo.
Pelo apoio que me dispensou em momentos difíceis, por ter impedido que fizesse inúmeros disparates, por me ter abraçado em momentos em que as palavras não eram mais do que sons surdos e desagradáveis, por contagiar tudo e todos com a sua força e o seu ânimo, por acreditar num mundo mais justo e mais solidário e, o mais importante de tudo, por me ter escolhido como fiel depositário do seu amor, a figura do ano é: a minha namorada!
Obrigado por seres como és, por gostares de um “gajo” como eu e por continuares a aturar-me durante tanto tempo.

quarta-feira, dezembro 27, 2006

bela literatura

Sobre a mais recente publicação da D.Quixote, a posição do catorze de março é a seguinte: ESTAMOS À MESA!

sábado, dezembro 16, 2006

Heim-home-hemma-lar


Amanhã é dia de regressar a CASA.
É tempo de matar saudades da namorada, dos amigos e da família... Mas não só! Que saudades de um pingo acompanhado de um bolo de arroz, enquanto saboreio as letras de um matutino.
Até amanhã, camaradas! (com ou sem leituras políticas)

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Estratégia "liberalo-pinochiana" para o crescimento económico

"Se afastas toda e qualquer oposição, matas os indesejáveis, privatizas tudo, incluindo o sistema de pensões, e impedes a manifestação sindical, é mais fácil que a economia cresça" - William Kirk, 92 anos, chileno de origem escocesa in DN

terça-feira, dezembro 12, 2006

Consequências de uma morte...

O pânico e o nervosismo com que alguns liberais reagem sempre que veêm as palavras "liberal" e "Pinochet" juntas fala por si! As explicações, algo precipitadas, multiplicam-se, mas só agonizam os estados de espírito. Entendem todo ao contrário e contradizem as posições dos seus companheiros. Conselho: ler, tentar perceber, respirar fundo, voltar a ler, responder.

Reacções

O entusiasmo com que muitos reagem à morte de Pinochet é genuíno e prova que ainda há gente que diz abertamente o que pensa, e o que sente, sem temer censuras ou palavras menos simpáticas. Reagir com entusiasmo à morte de um homem como este traduz o desejo de ver o mundo transformado num lugar mais democrático, mais igualitário e mais justo. Aqueles que se impressionam com estas reacções das duas uma: ou choraram no passado domingo – e talvez continuem ainda hoje – ou estão satisfeitos com o mundo que temos.

Chile: 33 años del criminal golpe militar

Só para refrescar a memória... E inflamar alguns corações.

O General e o Juiz


Assim que chegar a casa vou relê-lo!

A história não podia ter sido diferente?

Será que a história do Chile, dos últimos 30 anos, não poderia ter sido diferente, para melhor? O que é que o Chile ganhou com um carniceiro sanguinário à frente do país durante quase 30 anos? Como é possível haver gente que louva Pinochet. E andará o neoliberalismo tao agarrado às ditaduras e ao desrespeito pelos direitos humanos? Afinal Pinochet recebeu o aval de Milton Friedman, que lhe recomendou, em Março de 1975, a venda das empresas nacionais e a redução das despesas públicas, como forma de vencer a inflação. A receita foi de choque e arrastou o congelamento de salários, o desemprego e a pobreza.
Se olho para este regime do passado com revolta, olho incrédulo para a reacção britânica à morte do ditador:
Margaret Thatcher: "Estou profundamente triste"
Margaret Beckett, ministra dos Negócios Estrangeiros de Blair:"Damos conta da morte do general Pinochet e queremos prestar tributo ao destacado progresso que o Chile alcançou nos últimos 15 anos como uma democracia aberta, estável e próspera."

Se nao fosse de tao mau gosto e tao perigoso, chegava a ser cómico.

segunda-feira, dezembro 11, 2006

traição, morte e corrupção

Quero juntar-me a todos os chilenos que celebram a morte deste homem nas ruas de Santiago!! Aos que choram pelo mesmo motivo, dizer-lhes que gostaria de os ver sofrer na pele as atrocidades cometidas pelo seu herói. A vida deste homem pode ser descrita em 3 palavras: traição, morte e corrupção!

Estranhei o facto de não ver em certos blogs nenhuma referência à morte de Pinochet, mas talvez a razão esteja nestas linhas...

A presidente chilena, Michelle Bachelet, autorizou a bandeira a meia haste nas instalações do exército e nas unidades militares chilenas. A meu ver, ele nem isso merecia! Nem isso, nem a presença de qualquer membro do governo no funeral.

Descobri aqui algumas frases de Pinochet. Para poupar trabalho transcrevi três. Tirem as vossas conclusões.
- "Los ricos son los que producen plata y a ellos hay que tratarlos bien para que den más plata". La Epoca, 26 mayo de 1988
- "Prácticamente limpiamos de marxistas la nación". Revista Hoy, 23 febrero 1988
- "Yo los estoy viendo desde arriba, porque Dios me puso ahí". La Epoca, julio 1987

domingo, dezembro 10, 2006

Sentimento generalizado... Faz-nos um favor, morre de uma vez!


"ich wünsche Ihnen keine gute Besserung. Ich wünsche Ihnen nicht, dass Sie genesen mögen. Nein, ich will auch nicht erleben, dass Sie Ihr Bett noch einmal lebend verlassen.

Ich wünsche Ihnen zum Weihnachtsfeste, dass Sie sterben. Angedenk Ihrer Opfer und all des Blutes, welches Sie an den Händen haben, darf Ihr Sterben auch gerne qualvoll sein. Erweisen Sie Ihrem Volk, Ihrem Land und all Ihren Opfern zur Weihnacht einen letzten „mutigen und entschlossenen Dienst“: Sterben Sie endlich! Und schmoren Sie in der Hölle!

In der freudigen Erwartung der Kunde Ihres Ablebens,

herr baader

Post Scribtum:

Erinnern Sie sich noch, Herr General, an die tanzenden Frauen? Die Frauen tanzten den traditionellen chilenischen „Gueca“. Diese Frauen, die ich meine, tanzten diesen Tanz allerdings alleine. Lediglich hatten die Frauen Fotos ihrer Väter, Männer, Söhne oder Brüder an ihre Kleidung geheftet. Sie tanzten also mit den „Verschwundenen“ – der Tanz wurde zum „Gueca Solo“.

Das war ein Protest gegen Ihr Regime, Herr General mit der blutigen Weste. Diese Frauen wurden von Sting 1987 in einem Lied gewürdigt. Dieses Lied gebe ich Ihnen nun mit auf Ihre letzte Reise, denn es ist ein schönes Lied und es enthält viel Wahrheit…"

sábado, dezembro 09, 2006

Há mesmo!!


"I felt terrible. It was truly a horrific experience. It was the most traumatic of the four [abortions] – the physical and emotional pain at the same time were excruciating."

Caron Strong, California


http://www.operationoutcry.org/pages.asp?pageid=29158


Pois, a mim parecia-me um anúncio de um qualquer super dentrífico... Mas não... É mais um "apelo à vida" ou lá o que é... Nós, os libertinos imorais, é que não compreendemos...

Há coisas fantásticas, não há?

"I had also been raped much earlier as a young teen and I didn’t fall completely apart then—not until after the abortion. The rapes where humiliating but I was able to survive them, and could again, if I had to. But I could NEVER, EVER survive another abortion. "

http://www.dakotavoice.com/200611/Guest/20061101_GR.html

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Políticas sociais

Um governo neo-liberal tomaria uma medida como esta? Não me parece...
Mas um governo que tem nas políticas sociais uma das suas prioridades é capaz de a tomar.
Esta é uma das razões pela qual nao me importaria de pagar impostos..

quarta-feira, dezembro 06, 2006

“Substituição é regra nos países desenvolvidos”

Neste artigo, intitulado “Substituição é regra nos países desenvolvidos”, publicado no DN, a 2 de Dezembro de 2006, são dados três exemplos de países que já adoptaram a estratégia das aulas de substituição. No entanto, parece-me que a descrição que é feita acerca das aulas de substituição em Espanha, Itália e Irlanda não é sequer parecida com aquilo que se passa nas nossas escolas. Sem me querer alongar muito, até porque o artigo está acessível, permito-me destacar algumas passagens:

Em Espanha:

"as faltas inferiores a uma semana de duração são resolvidas pela própria escola".

"Se um professor estiver doente dois ou três dias, os alunos ficam sem aulas, mas é programada outra actividade.”

Na Irlanda:

“as substituições são asseguradas por todos os professores. No entanto, ninguém é obrigado a fazê-lo.”

“E todas as aulas extra são pagas.”

Em Itália:

"A escola é obrigada a assegurar a substituição quando a ausência é inferior a 15 dias",

Este artigo termina como começou, com uma mensagem para todos os docentes: SUBSTITUIÇÃO É REGRA NOS PAÍSES DESENVOLVIDOS. Como se as substituições, em Portugal, assentassem nas mesmas regras que nos países referidos…
Agora consigo entender melhor a Sr.ª Ministra. Ela queria transformar Portugal num país desenvolvido… Mas como todos os maus alunos, a Sr.ª Ministra nem copiar sabe!

terça-feira, dezembro 05, 2006

Nuvens...


Confesso que andei a adiar um post deste género durante bastante tempo. No entanto, chegou a altura de partilhar convosco o meu estado de espírito.
Desde o final do mês de Outubro que saio de casa para ir trabalhar de noite (7:45h) e chego do trabalho à noite (16:00h). Isto significa que, no período de tempo em que reina o céu nublado, vulgo dia, me encontro na escola, não me
sendo possível aproveitar nenhuma das poucas horas de claridade.
Além disso, há uma questão que me tem atormentado. Onde andará o sol? É que desde que cheguei à Suécia julgo ter visto o sol, no total, durante cerca de 48 horas. Ora 48 horas em quase 60 dias dá não só uma média excelente como desvenda também a verdadeira razão para o aumento de depressões registadas tradicionalmente, por estas bandas, nesta altura do ano.
E que fazer perante tal cinzento cenário?

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Coisa ruim não morre..


Lembro-me de ouvir a minha avó dizer "coisa ruim não morre", mas parece que esta já teve dias melhor. É pena que, muito provavelmente, não o possa ver enfiado numa "Guantanamo" qualquer a pão e água. Mas parece que o seu fim está prestes… A extrema-unção, como bom católico, já foi recebida, o que quer dizer que ele vai direitinho para o céu com a folha branca. O próximo passo é canonizá-lo e torná-lo santo!
No dia em que ele finalmente pagar por todos os crimes que cometeu, eu vou dizer "merda para o defunto".