quarta-feira, julho 26, 2006

Israel atinge posto da ONU no Líbano

As forças israelitas atingiram hoje o posto da ONU em Khiam, cidade situada no sul do Líbano. Este incidente vem contrariar a tese usada vezes sem conta pelas forças de Israel que, aquando da destruição premeditada de infra-estruturas civis, usam o argumento de que estas serviriam para albergar elementos do hezbollah, como se isso justificasse alguma coisa, ou de que os elementos desta milícia se misturam com a população com o intuito de provocar mais mortos entre os civis. Depois disto, é caso para perguntar ao governo de Israel se tinha conhecimento da presença de membros do hezbollah naquele posto, ou se acharam que esse mesmo posto era pertença da organização que combatem. Estou curioso para ver as reacções das potências ocidentais e as desculpas que serão dadas pela embaixada dos estados unidos no médio oriente para justificar tal ocorrência.
Se usarmos o mesmo critério que foi usado para apelidar, e muito bem, aqueles que cometeram actos deste género contra países ocidentais de terroristas, parece-me não haver dúvidas quanto à designação a atribuir a quem cometeu este atentado. Se a isto juntarmos o número de mortos provocados por esta potência bélica que é Israel ao longo das últimas décadas, a palavra terrorista é quase um eufemismo.

5 Comentários:

Às 7/26/2006 06:41:00 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Vou concordando com o que vais dizendo. No entanto, hás-de reparar quem financia o hezbollah, que la vai mandando no libano.

 
Às 7/26/2006 07:04:00 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Todos sabemos quem o faz.. Mas o problema é que nao foram esses países que atacaram o posto.. Foram os "bons".. Além disso, reconheço que o Hezbollah tem um grd peso no Líbano - marcam presença no governo de Beirute - mas há razões para isso.. Vamos aguardar para ver como é q a comunidade internacional vai reagir a tudo isto. Mas de uma coisa estou certo, se o míssil fosse iraniano ou sírio, a designação terrorista já andava na boca de todos...

 
Às 7/26/2006 08:11:00 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

"marcam presença no governo de Beirute - mas há razões para isso" e que razoes são essas? Nao me vais falar em democracia em países nos quais as mulheres nao tem direitos, os opositores ao regime são perseguidos, onde a religião e que manda.

"Mas o problema é que nao foram esses países que atacaram o posto" Tal como pareces saber, o Hezbollah é financiado pelos governos da Síria e do Irão, que têm posições assumidamente anti-semitas. Aliás, que defendem a extinção de Israel. Ora, se houvesse um grupo em Espanha, que defendesse a eliminaçao de Portugal do mapa, como proponhas tu que se defendesse o país?

Note-se que nao estou a defender Israel, também tem os seus (muitos) problemas. Mas não vejas as coisas so por um lado.

 
Às 7/26/2006 08:47:00 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Se há coisa q não existe nestes países é democracia.. Álías, mesmo nas "democracias ocidentais", exemplares para o mundo árabe, é difícil encontrares exemplos claros de democracia ou liberdade. Ou será que num país democrático as pessoas podem ser levadas a tribunal por liderarem uma manifestação silneciosa às portas da residência do primeiro-ministro? Será que num país em que as pessoas vivem em liberdade, é possível que dois sindicalistas se vejam colocados "compulsivamente" na prateleira por criticarem um ministro?
O estado de Israel foi fundado em 1948, reconquistando um território que tinha sido perdido pelos judeus dois mil anos antes para a maioria árabe que aí residia. Sem hipocrísias, sabemos que o estado de Israel foi aí criado para tratar as feridas do regime nazi e para controlar os movimentos dos países do médio-oriente. A partir dessa data o clima de violência instalou-se para durar até aos nossos dias.
Proponho-te um exercício mental: Lisboa é a capital religiosa dos judeus. Eles perderam o domínio da cidade há 2 mil anos, mas as potências q governam o mundo, para compensá-los pelos actos de um louco, concedem-lhes a legitimidade para ocupar a capital e fundar um estado independente financiado por algumas dessas potÊncias. Nao iamos gostar com tda a certeza..
Pa concluir, eu tento mesmo ver a situação de uma forma imparcial, mas a forma calma cm o ataque a um posto da onu está a ser encarado pla comunidade internacional entristece-me.. Se os agressores fossem outros, as condenações e críticas seriam de outro nível, nao achas?

 
Às 7/27/2006 02:09:00 da manhã , Anonymous Anónimo disse...

Concordo, a destruição da sede da ONU é lamentável. Os mortos ainda o são mais. No entanto, isto não pode ser considerado um acto terrorista. Duvido profundamente que Israel tivesse como intenção destruir a sede da ONU. Ao contrário dos ataques planeados que ves, quando sao executados por grupos terroristas.

1. Israel é um estado de direito, assente numa democracia plena. Concordo contigo quando olho para a intransigencia relativamente a Gaza. Mas apenas posso ficar indignado e triste pela nao desejo de paz.

2.Israel está a agir em auto-defesa. O líbano faz fronteira com israel. O Hezbollah é dono e senhor do libano. O hamas esta no governo palestiniano. Estes dois partidos e respectivos grupos armados (totalmente incompreensiveis a luz da democracia) são financiados pelo Irão e pela Síria (em relação ao Irão, aconselho-te a leitura de uma entrevista a Maryam Rajavi, na revista Atlântico, para desmistificar um pouco a ideia de que o Irão so quer a energia nuclear para fins pacíficos), dois países assentes numa teocracia anti-semita. Estes dois países têm como principal objectivo assumido a destruição do Estado de Israel, a todo o custo, em nome do Islão. E financiam todo o tipo de grupos que o possam fazer de forma nao institucional - aliás, hás-de reparar a altura em que os soldados israelitas foram raptados veio abafar e desviar as atenções do programa nuclear iraniano.

3. Ja te questionaste sobre as razões que levaram ao rapto dos soldados israelitas?

E totalmente incompreensivel esta guerra. Mas temos de olhar para os dois lados e nao cair na demagogia facil do anti-imperialismo. A simples teorização de actos destes veste-se de contornos de crueldade. Esta-se perante uma guerra de surdos, onde todos berram ao som das armas, mas que ninguem quer ouvir.

Mas como sempre, a culpa morreu solteira

 

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