quinta-feira, outubro 05, 2006

Operação Condor. Terá sido uma falácia, um erro, um engano?

A Operação Condor consistiu numa colaboração entre vários regimes militares sul-americanos que tinha como objectivo destruir todos os adversários políticos dos regimes ditatoriais existente na América Latina. Esta acção, iniciada oficialmente em 1970 – apesar de existirem suspeitas de torturas, assassinatos e desaparecimentos de cidadãos logo após o golpe militar de 64, no Brasil – liderado foi financiada quase na totalidade pelo governo americano, que se responsabilizou ainda pelo apoio logístico e treino da força militar.
John Dinges, jornalista norte-americano autor do livro Os anos do Condor – Uma década de terrorismo internacional no Cone Sul, afirma que Pinochet era um dos cabecilhas desta “organização” e que ele próprio foi vítima da repressão do regime instaurado no Chile em 1973, “Vasculharam-me a casa duas vezes e prenderam-me para interrogatório. Levaram-me a mim, a minha esposa e outras duas pessoas para a Via Grimaldi, o campo de tortura mais importante do Condor naquele momento.” Dinges acreditava ainda que, com a chegada ao poder de Allende, o Chile “iria experimentar um regime diferente, que favoreceria os pobres e que seria um modelo socialista. Mas isso representava um perigo que os Estados Unidos não conseguiriam suportar”.
Para este jornalista e investigador, A Operação Condor atingiu os objectivos a que se propôs, pois além do assassínio de políticos e líderes de esquerda, conseguiu fazer com que qualquer exilado corresse perigo de vida, estivesse ele onde estivesse, “Iremos até a Austrália, se necessário, para apanhar os nossos inimigos” (Manuel Contreras, ex-director da Polícia Política de Pinochet, citado pela CIA).

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