quarta-feira, novembro 29, 2006

Despedimento com (sem) justa causa..

Na passada semana as águas andaram agitadas por aqui. A direcção do PCP decidiu afastar a deputada Luísa Mesquita da bancada parlamentar do partido invocando, num primeiro momento, razões de renovação. É óbvio que a direcção do partido pode argumentar o que quiser para correr com a senhora, ainda por cima tendo ela assinado o tal contrato que confere ao partido a totalidade dos “direitos-de-imagem-política dos deputados que lá se sentam na bancada comunista. No entanto, não deixa de ser curioso que o mesmo argumento, a renovação, tenha sido usada para “despedir” o ex-Presidente da Câmara de Setúbal, Carlos Sousa.
Além do défice democrático que parece existir nas duas situações, não deixa de ser importante de notar que Luísa Mesquita é uma militante pertencente à linha ortodoxa do partido, o lado bom do PCP, o que nos permite concluir que o bloco mais duro dos comunistas não é tão coeso como se poderia pensar.
Ao reler todos os acontecimentos que tiveram lugar na última semana, questiono-me acerca da atitude que será tomada pela deputada. Irá ela ficar mesmo assim no Parlamento? Ou será que vai pelo mesmo caminho daquele grupo de pessoas que foram colocadas fora do partido por defenderem a renovação?
A última imagem que guardo da deputada Luísa Mesquita é de um debate na Assembleia da República sobre a educação em que a deputada confrontou, com a emotividade que a caracterizava, a Ministra da Educação sobre as suas políticas terroristas.
Como nota final, dizer que não deixa de ser curioso que esta situação tenha tido lugar numa altura em que o líder do partido, Jerónimo de Sousa, faz um balanço extremamente positivo da sua liderança.

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